Como saber se tenho fatores de risco para apneia Obstrutiva do Sono?

O que é apneia do sono

  Também conhecida como Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) é uma doença crônica, evolutiva caracterizada pela obstrução parcial ou total das vias, causando paradas repetidas e temporárias da respiração enquanto a pessoa dorme. A respiração cessa porque as vias aéreas colapsam, impedindo que o ar chegue até os pulmões.

• Caracterizada por ruídos e interrupções na respiração que se repetem no mínimo cinco vezes em um período de 1 hora. Não se tratando de um simples ronco.
• O barulho do ronco é acompanhado também de engasgos e muitas vezes o indivíduo não percebe enquanto dorme. Essas pequenas pausas na entrada de ar chegam a diminuir a concentração de oxigênio no sangue.

Quais são os níveis de gravidade da apneia do sono?

A apneia do sono pode ser diagnosticada em 3 níveis - leve, moderada ou grave -, a depender de quantas interrupções da respiração o indivíduo apresenta por hora de sono. É considerado como um evento de apneia obstrutiva quando ocorre a interrupção completa ou parcial do fluxo de ar por 10 segundos ou mais.

• Abaixo listamos a Classificação da AOS:
• Padrão respiratório noturno dentro dos valores de normalidade: menos do que 5 eventos por hora;
• Apneia do sono leve: entre 5 e 14 eventos por hora;
• Apneia do sono moderada: entre 15 a 29 eventos por hora;
• Apneia do sono grave: 30 ou mais eventos por hora.

Quais os fatores de risco

• Sexo Masculino
• Excesso de peso
• Mulheres pós-menopausa
• Historico familiar
• Uso de álcool
• Fumar
• Doenças genéticas
• Doenças Endócrinas
• Alterações Cranofaciais
• Pescoço Largo
• Idade (40-60 anos)
• Medicamentos (sedativos)

Quando ela pode ser perigosa

  Estudos clínicos alertam para os riscos que a apneia do sono não tratada pode causar, a curto, médio e longo prazo. A relação entre apneia do sono e pressão arterial elevada é significativa, sugerindo que as chances podem ser maiores para indivíduos com ambas as condições. Além disso, há evidências de que pessoas com apneia do sono, independentemente do grau, têm maior probabilidade de desenvolver pressão arterial elevada. Os riscos aumentam quando o tratamento adequado não é realizado, incluindo o desenvolvimento de insuficiência cardíaca, o que destaca a importância de abordagens terapêuticas precoces e eficazes.

  Outros estudos também apontam que demais doenças podem se manifestar em pacientes diagnosticados com apneia do sono que não prosseguem com o tratamento, como:

• Diabetes tipo 2, visto que 1 a cada 2 pessoas com diabetes tipo 2 podem apresentar apneia do sono. Isso acontece pois esse distúrbio do sono pode afetar a capacidade do corpo de utilizar da forma correta a glicose e a insulina.
• AVC, o estudo já mostra que entre as pessoas que sofreram um acidente vascular cerebral, 60-70% delas tinham apneia do sono; 
• Excesso de peso, que pode ser causado pelas noites mal dormidas e estresse diurnos. Isso foi comprovado em análise, que apontou que 77% das pessoas diagnosticadas com obesidade, também têm apneia do sono.

Fonte:

https://www.resmed.com.br/blog/apneia-sono-tem-cura-saiba

https://www.resmed.com.br/blog/apneia-sono-quais-os-tratamentos

https://www.hygiasaude.com.br/discussoes/qualidade-do-sono/o-que-e-apneia-do-sono